Fragil existencia
Dizer que a esperança é a ultima a morrer é admitir a maldição que é viver em mim.
Fruto de uma educação conto de fadas e de uma imaginação estupidamente optimista.
Dia após dia, a esperança é de facto a ultima a morrer. Aquela constante dor que me perssegue muito para além da razão.
A esperança é aquela dor que teima em persistir. A esperança ataca me os sonhos, enfraquece me a logica e lentamente ... demasiado lentamente, faz me morrer o coração.
A esperança persegue me em cada escolha errada.
A esperança que não reparem naquele erro estupidamente obvio. Aqueles erros cometidos tão facil e simplesmente como acabar por beber mais um copo quando se sabe que ja bebemos demasiado.
A esperança não é estupidez, mas comanda a estupidez como quem comanda um servical, forte em corpo mas fraco em espirito.
A estupidez é em si simples e tem lugar nas mais simples coisas. Na sua simplicidade a estupidez parte de dois principios, também eles, bastante simples.
Qualquer acção cometida em estupidez ou resulta da falta de conhecimento ou, e esta ultima bem mas grave (embora ainda simples), na presença de conhecimento mas ignorando-o.
A esperança é bem mais astuta.
Varios são os que defendem o combate á estupidez, mas não me lembre de ninguém que tenha dito "á que abondonar toda a esperança".
Os argumentos seriam obvios. A esperança é obviamente um forte elemento que interfere com a logica, com a razão e com qualquer outra ferramenta que nos permita fortalecer a nossa existencia.
A esperança torna nos fragis e no entanto enchemos os pulmões de ar para gritar ao mundo o quão forte somos porque não perdemos esperança.
Tristes palermas é o que somos. E a esperança é o obstaculo que não podemos ultrapassar. O obstaculo que se encontra no caminho da felecidade, pois torna tudo mais dificil, tudo tão mais complicado. Dolorosamente complicado.
Não a consigo evitar porque antes de morrer a esperança morro eu, mas por agora vivo na esperança de ser feliz ... cada vez mais alimentando o meu enimigo mais perigoso.
Nemesis da minha existencia.
A esperança amaldiçoa me com sonhos e desejos que não posso realisar ou concretisar. A esperança faz me investir em futuros que não estam lá. Amanhas impossiveis que a razão já me disse para não perseguir.
A esperança é a ultima a morrer e em esperança assisto ao morrer de tudo em mim. Em esperança sou eternamente espectador da minha fragil existencia.
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