Monday, December 06, 2004

Não quero querer-te

(critca aos que passam pela vida sem ousar vive-la)


Paro agora sossegado e contemplo uma realidade que me inquieta! Apercebo-me de um sentimento que chegou clandestino e contaminou-me!
Contaminou-me sim, porque se trata duma doença, duma doença de alma! Não pedi que tal me acontecesse mas aconteceu! Tentei nega-lo, mas negar a alma é negarmo-nos a nós e condenarmo-nos á desgraça de não existirmos!
Estava tão bem com a minha infelecidade constante, um grande nada sem picos de energia, sem rasgos de prazer e sem mergulhos vertiginosos de frustação!
Porque me mudaste? Não pedi para ser feliz e sobretudo não te pedi para me fazeres feliz!
A felecidade custa porque depressa finda e renasce em picos orgásmicos, organicos, inconstantes e sem padrão aparente!
Doi mais a infelecidade depois de se ser feliz!
Porque não me deixaste abandonado na vida sem viver?
Agora ensinaste-me a viver e já não suporto a vida de outra maneira!
Sem querer, quero-te e no fundo não o queria.