Saturday, December 17, 2005

Declaração de independencia

Depois do tumulto de posts uns após os outros, tomei uma pausa, por uns momentos vi que a felecidade existe dentro de mim, mas não me completa. Descobri os que me completam mas nem sempre me fazem feliz.
Assim tornei me recluso, apaguei a morada deste blog das minhas manifestações no mundo das galinhas e decidi cacarejar sozinho e para mim mesmo. Como um louco que fala sozinho nas ruas e nos corredores, não por se julgar na companhia de alguém que não existe na realidade das galinhas, mas por ignorar as galinhas e acreditar que ninguém me ouve. Não me preocupam os erros de ortogafia, gramática, semantica e etc, não me preocupam os arranjos, o equilibrio estético ou sonoro dos meus textos. Largo aqui todas as pretenções de escrever algo poético, e decidi chamar as pessoas galinhas sem me preocupar em não ofender ninguem. Declaro me assim louco, mais um demente literario que inunda as paginas de internet com lixo literario.
Dou me assim ao luxo de me sentir deprimido porque ninguem me ouve e o privilégio de grita e praguejar sem restrições.
Declaro me indepente da opnião dos outros, de qualque noção de arte ou estética.
Há os que dormem e os que não dormem.
Há os que sonham e os que não sonham.
Nem todos os que dormem sonham e nem todos os que sonham dormem.
Tenho saudades dos tempos em que dormia e não sonhava e mais saudades tenho ainda do tempo em que vivia os sonhos e só tinha pesadelos enquanto dormia.
Agora vivo os pesadelos, os meus e os dos outros, como se os meus não fossem sufecientes. Agora não durmo, apenas me deito e luto contra um corpo cansado, uma mente exausta e uma realidade demasiado real.
Tenho saudades do tempo em que as crianças eram crianças e eu não sabia o que eram os homens. Agora sou demasiado criança para ser homem e demasiado homem para ser criança, navegando perdido num mundo que já me negou o espaço da adolescencia.
Ando perdido mas sei exatamente onde estou, e aqueles que me podiam encontrar, estão demasiado ocupados em perder se ... e tal é o seu direito, pois fomos postos no mundo para caminharmos sozinhos num mundo de galinhas.
Caminho mais uma vez sozinho por este deserto que é a cidade.
O velho sentimento de que estamos sozinhos mesmo quando estamos rodeados de pessoas, sentimento tão comum que se tornou aborrecido, falar dele ou mesmo escrevelo tornou se já desnecessário pois todos sabem do que se trata. Mais um daqueles males que se reproduzem em lamentos demasiado repetidos até ao ponto em que se transformam em silêncio. Já ninguem os escreve e se o fazem são considerados fora de moda, desatualizados ou sobre a influencia de ...
Eu estou apenas aborrecido, mais um daqueles males da incivilizada civilizaçao moderna, mais um dos males mudos, mais um daqueles momentos que ninguem deseja ouvir com medo que o que se reflete dentro de si mesmos quebre a mascara em que já ninguem acredita.
Bando de galinhas é tudo o que vejo a minha volta! Galinhas sentadas nos cafés, atrás dos volantes, no quarto ao lado. Um infindável bando de aves demasiado domésticas, demasiado ignorantes para persentirem que a sua existencia tem como unico objectivo serem consumidas por aquele homem-porco gigante que se senta em obesas almofadas de seda e sexo. Aquele que com gordorosas mãos de 3 dedos agarra mais do que consegue meter a boca e assim mastiga as galinhas meio dentro da boca meio dentro do mundo.